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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Da boca que não saliva, na ponta da língua, retiro o caldo que me leva ao retiro.
Me falta ar. Sons. Me falta ar em sons. Me falta ar sons. Perturba e dura sons. Me falta ar. Tire a dentadura e respire o ar sem sons.
Corro do coro que posso tomar do tempo que passa em pensar.
Se me olha se me vê. Se ninguém me descer antes, desço ao amanhecer.
Da boca paronomásias cheia de etiqueta pra dizer o nada que já sei. A saliva cela o selo em cartaz de cartas ocupadas pelo nada que tenho a dizer. Retratos sem retratos apenas suspiros úmidos de lembranças.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Que horas! Que oras há horas. Que oração. Nalm'em.
Giro, sugiro, rodeio, sigo em signos apenas há penas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Olhos que não enxergam além das pálpebras, húmidas pelo suor, que cai d'outro rosto teimoso em mostrar sua imagem em lente divergente.
Se me lhan ças se me lem bra se me faz não me ser.
Em grandes círculos o olho gira sem parar.
Inspira. Expira. Perto do nada, aperto do nada um botão. O botão.
Agora do lado de fora quero entrar. E o botão?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ainda aquece. A ida e vinda. A linda. Ainda há.
A vida nessa vida de vivo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um personagem

Com pernas de rodas queria ter mãos que respirassem ofegantes sempre que me tocasse.
Não quero mais ter, quero fazer, ser.
Queria ter minhas calças gastas na barra e usar o bolso de trás.
O que eu mais quero é ser.
Deixar de crescer.
Pegar piolho e ganhar uma advertência por pular o muro da escola.
O que eu mais quero é correr! E não ter pressa.

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Entre linhas agulhas e barbantes num nó de palavras um palavrão.